Guerra de espadas termina com dez presos e 63% menos queimados na Bahia

A polícia da Bahia prendeu dez pessoas em flagrante, neste fim de semana, durante a tradicional guerra de espadas realizada durante as festas juninas, no município de Cruz das Almas (145 km de Salvador). Em 2011, a festa foi proibida por decisão da Justiça, mas apenas as armas foram apreendidas. Esse foi o primeiro ano em que a polícia prendeu pessoas com as ar armas.

Segundo informou a Polícia Civil, as espadas estariam inclusas no Estatuto do Desarmamento e não podem ser utilizadas. Seis das pessoas foram presas no sábado (23) e quatro no domingo (24). Todos os presos foram detidos com as espadas, que foram apreendidas pelos policiais. O agente policial da Delegacia de Cruz das Almas disse que não poderia informar se as pessoas detidas permaneciam detidas nesta segunda-feira (25).

Para manter a tradição, que todos os anos atraía turistas a cidade, o MP tentou negociar com a prefeitura a realização da festa em área fora da área urbana, mas não conseguiu. Com a decisão judicial, a Câmara ainda aprovou, às vésperas do São João, uma lei disciplinando a festa, mas a Justiça anulou os poderes da legislação ao tornar criminosa a prática.

A decisão judicial reduziu o número de feridos. Em 2010, por exemplo, 315 pessoas foram atendidas com queimaduras durante as festas juninas, segundo números da Santa Casa de Misericórdia de Cruz das Almas. Com a decisão, um ano depois, esse número caiu para 79.

Este ano, com a prisão dos participantes da festa, a Santa Casa informou ao UOL, nesta segunda-feira, que 29 pessoas (63% a menos que em 2011) deram entrada com queimaduras durante o fim de semana de festas na cidade, sendo todas com ferimentos leves, e nenhum permanece internada.

Fonte: UOL