terça-feira, 21 de agosto de 2012

Porco-espinho ferido por cão morre após viagem para Campo Grande-MS

O porco-espinho atacado por um cachorro da raça pit bull morreu na manhã desta terça-feira (21), depois de chegar à Polícia Militar Ambiental em Campo Grande. O comandante da PMA em Campo Grande, major Edmilson Queiroz, disse ao G1 que o bicho estava bastante ferido e não resistiu à viagem de Coxim até a capital.

“O rabo do ouriço estava dilacerado e com feridas graves. Ele recebeu os primeiros atendimentos quando foi resgatado, mas não resistiu", explica major Queiroz. O animal, que aparentava ser uma fêmea, será empalhado para trabalhos de Educação Ambiental.

Segundo a PMA, o ouriço-cacheiro, que é popularmente conhecido como porco-espinho, é inofensivo e lento. Como arma de defesa, quando ameaçado, o animal eriça os espinhos, localizados principalmente no dorso, e espera que a vítima se espete. Os espinhos penetram lentamente no corpo da vítima e se aprofundam sozinhos.

Animal foi atingido por cerca de mil espinhos (Foto: Arte com fotos de Maikon Leal/Coxim Agora e Antônio de Carvalho/Arquivo Pessoal))

Ataque
O cachorro da raça pit bull também ficou ferido, com mais de mil espinhos pelo rosto, patas e até na língua ao atacar o porco-espinho na manhã desta segunda-feira (20), em uma oficina de motos na BR-163 em Coxim, a 243 km de Campo Grande. O dono encontrou o cão machucado quando abriu a empresa.

O pit bull foi tratado pelo veterinário Antônio de Carvalho. Ele disse ao G1 que aplicou anestesia geral no cachorro e demorou quase duas horas e meia para retirar todos os espinhos, que mediam em média 10 cm.
O comerciante Alcides Tadeu Queiroz, de 38 anos, acompanha de perto a recuperação do seu cão Mun-rá, que levou mais de mil espetadas ao ser atacado por um porco-espinho nesta segunda-feira (20). Ele disse que empresta o mascote todas as noites para cuidar da oficina mecânica de um amigo, que encontrou o animal ferido quando foi abrir o estabelecimento.

“Quando me chamaram, o porco-espinho já tinha sido levado pela polícia ambiental. Quando eu vi meu cachorro naquele estado, cheio de espinhos, eu fiquei com muita dó”, disse ao G1.

Segundo ele, não foi a primeira vez que Mun-rá enfrentou animais silvestres que tentavam entrar dentro da empresa. “Ele é um animal de guarda, nesse lugar ele já pegou tatu e até cobra. O bicho não tem medo de nada”, afirma Queiroz.

Essa resistência do cão fez com que o dono não tivesse medo de perdê-lo após o ataque. “Ele estava bem baqueado, tinha perdido muito sangue, mas mesmo assim estava bem firme e eu tinha certeza que ele não iria morrer”, conta.

Tratamento
O porco-espinho foi recolhido pela Polícia Militar Ambiental (PMA) e será encaminhado ainda nesta segunda-feira para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em Campo Grande. O bicho também ficou ferido na luta contra o pit bull.

“Os espinhos são a defesa do animal. Ele está bastante machucado na cauda e nas patas traseiras”, conta o capitão da PMA Edmílson de Oliveira. Ele explica que essa espécie de animal é comum na região. Há dois meses, um deles foi capturado na área urbana de Coxim, mas não há registros de ataques.

Recuperação
Mun-rá foi levado para tratamento com o veterinário Antônio de Carvalho. Segundo ele, o cão ficará internado dois dias para não correr risco de infecção nos locais onde foi espetado. Ele explicou que foi necessário aplicar anestesia para tirar todos os espinhos, que tinham em média 10 cm. O procedimento durou em torno de duas horas e meia.

Fonte: G1
 

0 comentários:

Postar um comentário