Subiu
para 18 o número de mortos pela chuva que atingiu a cidade de Petrópolis, na
região serrana. O corpo da vítima mais recente da trágedia foi encontrado na
manhã desta terça-feira (19), no bairro Quitandinha, onde outras quatro pessoas
morreram.
As outras mortes foram registradas nas localidades: Doutor Thouzet
(1), Alagoas (2), Lagoinha (1), Bingen (4) e Independência (3). Outras
duas pessoas morreram em hospitais da região.
Dentre
os mortos estavam dois agentes da Defesa Civil, que teriam salvado pelo menos
20 pessoas. Fernando Fernandes Lima e Paulo Roberto Silveiras tentavam
convencer moradores de áreas de risco a saírem de suas casas. Um terceiro
funcionário, que também estava no local, teve diversas lesões e foi levado ao
hospital.
Quatro bairros embaixo d'água
O
município, que, em 2011, foi devastado por um forte temporal, voltou a sentir
os efeitos do mau tempo. Durante o temporal, os rios Quitandinha e Piabanha
transbordaram, deixando quatro bairros inteiros debaixo d'água: Quitandinha,
Alto Independência, Morin e Alto da Serra. Segundo a Defesa Civil do Estado,
sirenes de alerta foram acionadas em nove comunidades.
O
prefeito de Petrópolis decretou feriado nas escolas do município por causa do
mau tempo. Na manhã de
segunda-feira, a rodovia Rio-Petrópolis registrava pontos de interdição na
subida e na descida da serra, em consequência da queda de barreiras ao longo da via. A via só foi
totalmente liberada no fim da tarde.
Duque de Caxias
O
prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, sobrevoava o município da
Baixada Fluminense, nesta terça-feira (19), às 11h, para avaliar os estragos
causados pela chuva que atingiu a cidade no domingo (17). A área mais afetada pelo
temporal foi terceiro distrito, Santa Cruz da Serra. Também
houve estragos nos bairros: Parque Paulista, Parada Morabi e Jardim Anhangá.
Segundo
a prefeitura, ao todo são 208 desalojados, que estão em três abrigos montados
em igrejas da região. Um delas, a Nossa Senhora da Conceição, está concentrando
as doações de roupas e comida para os desalojados. A igreja fica na avenida
Automóvel Clube, sem número, em Santa Cruz da Serra.
Ainda
segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, o nível dos rios da região voltou ao
normal, o que deve ajudar nos trabalhos de recuperação das áreas afetadas.
A
administração municipal montou postos de vacinação e a Defesa Civil montou três
postos de atendimento médico: dois, em Santa Cruz da Serra, e um, em Xerém,
distrito que já havia sido castigado pela chuva em janeiro, e voltou a sofrer
com o temporal de domingo.
Ajuda da Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha está
recolhendo doações de água mineral, alimentos não perecíveis, material de
higiene pessoal e coletiva para as vítimas das chuvas em Petrópolis, na região
serrana, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O
material pode ser encaminhado à sede da instituição na praça da Cruz Vermelha,
número 10, segundo andar, centro do Rio.
A
entidade também informou que vai mandar, nesta terça-feira, uma equipe de
psicólogos voluntários para auxiliar pessoas que perderam parentes e amigos na
tragédia, ou os que ficaram abalados pelas perdas de seus bens materiais.
Capital Fluminense
O
município do Rio de Janeiro saiu do estágio de atenção às 9h desta terça,
segundo informações do Centro de Operações da prefeitura. O Rio estava em
estágio de atenção desde às 16h25 de domingo (17).
O
estágio de atenção, o segundo de uma escala de quatro, é caracterizado pela
possibilidade de chuva moderada, a ocasionalmente forte, nas próximas horas.Já
o estágio de vigilância indica ausência de chuva ou ocorrência de chuva fraca.
Na
segunda-feira (18), as ruas do centro e zona portuária do Rio amanheceram
debaixo d'água após o temporal de domingo. Pedestres e motoristas precisaram de
paciência para driblar os alagamentos. A chuva derrubou árvores, bloqueando
ruas e avenidas nas zonas norte e oeste. O aeroporto Santos
Dumont, no centro, chegou a fechar para pousos por 15 minutos.
O
Centro de Hidrografia da Marinha chegou a emitir um alerta para o risco de
ressacas no litoral do Rio, com previsão de ondas de 2,5 m a 3 m.
No
último dia 5 de março, um temporal deixou cinco
mortos no Rio, além de causar alagamentos e transtornos. Na
ocasião, o Estado do Rio registrou
a ocorrência de 9.079 raios em três horas de tempestade,
segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Com 2.149 descargas
elétricas em três horas de chuva, a capital fluminense bateu o recorde de
incidência de raios por dia deste ano.
Fonte: R7
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