segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Seca é tema de estudo realizado pela bancada nordestina

A bancada do Nordeste analisou e discutiu todos os aspectos da seca desde seus primeiros registros até os dias atuais, identificando a infraestrutura hídrica existente e apontando as ações estruturantes necessárias ao desenvolvimento econômico e social do semiárido nordestino. O estudo foi publicado no livro “Seca – Análises, pressupostos, diretrizes, projetos e metas para o planejamento de um novo Nordeste”, que será lançado, esta semana, durante solenidade de aniversário de 104 anos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).
Ao jornal O Estado, o deputado federal Ariosto Holanda (PROS) disse que o trabalho estabeleceu algumas diretrizes para consolidar um orçamento por Estado com suas linhas de ações, como construções de Centros Tecnológicos, barragens, adutoras, e outras. Conforme o deputado, a bancada irá lutar para alocar cerca de R$ 23 milhões do Orçamento da União para os desenvolvimentos das ações no Nordeste. Porém, algumas ações fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
DNOCS
O parlamentar propõe, ainda, o fortalecimento do Departamento Nacional de Obras contra a seca (DNOCS) para avançar com a ocupação dos vazios hídricos por meio de barragens e adutoras, e com produção de todas áreas dos perímetros irrigados e a implantação de centros tecnológicos. Segundo ele, é sob esta ótica que o Nordeste precisa ser repensado, uma vez as ações governamentais sempre privilegiaram o aspecto emergencial e assistencialista. Por isso, deve-se pensar que a seca é uma regra, e não uma exceção e, portanto, é preciso encontrar meios de convivência com esse fenômeno climático.
Disse, ainda, que, diferente de outras épocas, a seca só não foi pior por conta do Programa Bolsa Família, que, segundo ele, saciou a ansiedade do homem. Contudo, desta vez, exterminou o rebanho e atingiu o abastecimento de água. Ou seja, evidenciou a necessidade de construção de novos reservatórios para preencher o que chamou de “vazios hídricos” para abastecimento, como de grandes reservatórios para atender os usos múltiplos. “É preciso que a Região Nordeste disponha de um plano de segurança hídrica de longo prazo”.
Outro ponto enfocado no estudo é conclusão do projeto de Transposição do Rio São Francisco, que, segundo avalia, permitirá a instalação de um novo paradigma à promoção do desenvolvimento regional quanto à oferta de água.
Fonte: O Estado CE

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