terça-feira, 11 de março de 2014

Ex-presidente Lula está cada vez mais atuante nas discussões políticas

Pouco mais de três anos após deixar o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva atua em todas as esferas do governo. Desde que deixou a Presidência da República, é o momento mais efetivo de intervenção do líder petista na gestão da sucessora, Dilma Rousseff. Na agenda de ex-chefe de Estado, há espaço para encontros com aliados, visitas a países amigos e reuniões com empresários para tratar de assuntos econômicos, sem deixar de dar conselhos à atual mandatária. É o nome dele que sempre é lembrado para tentar apaziguar relações, como ocorreu na atual crise entre o PT e o PMDB. Lula deixou o governo em 2010, mas não abandonou o jogo. Prova disso é que o ex-mandatário será convidado pelo líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), a participar de uma reunião com a bancada, assim que voltar da Itália, onde terá um encontro amanhã com o novo primeiro-ministro. “Queremos o ex-presidente mais presente aqui na Câmara”, diz Vicentinho, descartando ser um encontro para aparar as arestas.

Após oito anos no governo, Lula ainda mostra a força que tem nas relações internacionais. Na visita à Itália, almoçará com o recém-empossado primeiro-ministro, Matteo Renzi, jovem líder do Partido Democrata (PD). O encontro ocorre uma semana após o governo brasileiro enviar ao país europeu o pedido de extradição do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. Nem Lula nem Renzi admitem tratar do caso do petista condenado no mensalão. Mas não se pode descartar a possibilidade de Lula ajudar o “companheiro”.

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), vê a articulação do ex-presidente como válvula de escape para promover as ações do PT. “Lula está em campanha eleitoral tentando criar uma imagem positiva para contrapor o mensalão do PT”, pontuou . “Ele vai a Cuba, à Itália, circula em todas as áreas, usa essa boa relação para mostrar que o PT é capaz de superar o desgaste do mensalão.” O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), reconhece as “ligações políticas” do ex-mandatário, mas, no entanto, não admite que Lula represente oficialmente o país no exterior.

Fonte: Correio Brazilinse 

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