segunda-feira, 30 de julho de 2012

Presos queimam 400 colchões e visitas são suspensas

Cento e quinze detentos da Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, foram transferidos ontem da unidade após duas rebeliões acontecerem no fim da tarde de sábado, 28, e madrugada de domingo. A medida é temporária.

Eles ficarão na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) I, Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) de Caucaia, Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO) 2 e Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), sem previsão de retorno. Cerca de 600 presos teriam participado do motim.

Segundo argumentou a Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania (Sejus) em nota, a transferência foi necessária para facilitar o conserto das alas danificadas. O documento diz que os reparos teriam iniciado ontem mesmo.

O POVO apurou que a falta d’água na penitenciária teria motivado a rebelião. Os detentos falavam em três dias sem fornecimento. Não haveria água nem para tomar banho. A Sejus negou: “Por conta de um problema há dois dias em uma das bombas (o que diminuiu a vazão da água), os internos passaram a ter água fracionada a três vezes ao dia”.

Quatrocentos colchões foram queimados e grades quebradas. Policiais de quatro grupos especiais participaram da operação de contenção do movimento. Ninguém ficou ferido ou foi morto, mas as visitas de familiares foram suspensas. Os parentes permaneceram do lado de fora do presídio.

A Sejus classificou os ataques como “retaliação ao rígido controle de acesso e disciplina da unidade”.

ENTENDA A NOTÍCIA

Detentos e familiares dos presos falam que não havia fornecimento d’água há três dias. Governo, no entanto, classificou rebeldia como retaliação ao rigoroso controle de acesso e disciplina implementado na unidade. Prejuízo financeiro ainda não foi calculado.

Fonte: O Povo 

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