quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dilma quer bancar 20,2% de redução do preço da energia


O governo está estudando possibilidades para que a população não fique frustrada, garantindo a redução no custo da energia (Foto: Daniel Roman)

A presidente Dilma Rousseff enfatizou ontem que reduzir a conta de luz no País é uma decisão da qual ela não recuará e sinalizou que está disposta a bancar a redução de 20,2% da tarifa, anunciada em setembro. Segundo ela, a diminuição do custo de produção no Brasil passa também pela redução das tarifas de energia elétrica. "Vamos realizar uma das ações mais importantes para reduzir o custo de produção do Brasil, a redução das tarifas de energia elétrica", disse a presidente, sob muitos aplausos, em discurso na abertura do 7º Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília.

"Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar a imensa insensibilidade daqueles que não reconhecem a importância disso para garantir que o nosso País cresça de maneira sustentável", enfatizou a presidente, que falou mais de uma vez em seu discurso sobre a "insensibilidade de outros" para colaborar com a superação desse desafio, que é baixar a conta de energia para a indústria e para a população.


Compromisso

"Somos a favor da redução dos custos de energia, e faremos isso porque é importante para o País". A presidente Dilma garantiu para o público de empresários presentes no evento: "reitero meu compromisso de buscar, no início de 2013, reduzir as tarifas de energia".

Ela mencionou que a meta é de uma redução de 20,2%. "Redução do preço da energia é tão importante quanto a da taxa de juros", disse.

Mantega reforça

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que ainda não há uma solução para garantir a redução de 20,2% no custo da energia elétrica a partir de 2013. Segundo ele, o governo está estudando as possibilidades para garantir que a população não fique frustrada. Mantega se disse surpreso com a decisão das empresas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, que desistiram da renovação de alguns contratos. Segundo o ministro, a surpresa se deve ao fato de que são esses estados os que mais vão se beneficiar da medida porque a população terá maior poder aquisitivo e haverá redução de custos para as empresas.

Falta de colaboração

"Estamos surpresos com a falta de colaboração desses estados. Essa postura não corresponde com a atitude que governo federal tem tido com esses estados", afirmou o ministro, lembrando que o governo tem liberado mais espaço fiscal para que os governadores possam contratar financiamento e oferecido linhas de crédito do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Nas costas do governo

"Claro que a desistência deles nos coloca um problema para resolver de modo a não frustrarmos a expectativa da população. Vamos trabalhar para não frustrar a população, que conta com a redução do custo da energia no ano que vem, mas gostaríamos de contar com a colaboração dos Estados", afirmou Mantega. O ministro reforçou que não tem uma definição de como viabilizar a redução da conta de luz em torno de 20% porque o Tesouro e o governo federal já estão dando uma grande contribuição. "Não pode ficar tudo nas costas do governo federal". Segundo ele, o governo tem limites para fazer essa redução de tributos sobre a energia. "Teria sido muito melhor se as empresas de São Paulo e Minas tivessem aceitado e, assim, já estariam assegurados os 20% de redução. Mas, por enquanto, se não me engano, são em torno de 17%", disse.

Fonte: Diário do Nordeste

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