quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Doações renderam milhões nos EUA, mas no Brasil não chegaram a 100 mil

Com a multiplicação dos vídeos do "Desafio do balde de gelo", campanha que quer arrecadar fundos para entidades ligadas à esclerose lateral amiótica (ELA), esperava-se que as doações também se multiplicassem.

Porém, no Brasil, mesmo com a participação de vários artistas do meio musical, da TV, e da moda, o valor arrecado chegou a apenas 75 mil reais.

Desde a última segunda-feira, 18, muitos vídeos com pessoas cumprindo o desafio que consiste em virar um balde de água fria com gelo na cabeça, povoaram as redes sociais, dando esperança para as entidades de recolherem um número considerável de recursos. As doações são a partir de 100 dólares, cerca de 226 reais.

A ELA é uma doença degenerativa, sem cura, que atinge, no Brasil, 6 mil pessoas. Três entidades de apoio aos portadores aqui no país estão recebendo as doações; a Associação Pró-Cura da Ela, a Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (Abrela) e o Instituto Paulo Gontijo (IPG).

Segundo informações do site da Veja, desde o início da campanha até a última quarta-feira, 20, a Pró-Cura e a Abrela receberam, juntas, 75 mil reais, já o IPG não contabilizou doações. As instituições, geralmente formadas por familiares de portadores, ajudam com empréstimos de equipamentos, doações de alimentos e pagamento de profissionais, por exemplo.

Ainda de acordo com a Veja, para efeito de comparação, a Pró-Cura recebeu 63 mil em dois dias, enquanto no ano passado, de junho, quando foi criada, até dezembro, a instituição movimentou 12 mil reais.

Já a Abrela acumulou 12 mil reais nos últimos sete dias, em comparação aos 18 mil que costuma receber em um mês inteiro. O IPG não declarou faturamento.

Nos EUA, a ONG dedicada aos portadores da ELA arrecadou, de 29 de julho a 20 de agosto, 31, 5 milhões de dólares, que equivale a 71, 265 milhões de reais. No ano passado, no mesmo período, as doações alcançaram 1,7 milhão de dólares.

Fonte: O Povo

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