quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Julgamento sobre morte durante suposto racha começa nesta quarta


Carros envolvidos em suposto racha no Taquaral, em Campinas (Foto: Juliana Cardilli / G1)
Começa nesta quarta-feira (17) o julgamento sobre a morte do lutador de jiu-jítsu Kaio Muniz Ribeiro, de 23 anos, atropelado durante um suposto racha entre os motoristas de um Chevrolet Camaro e um Audi A3 na Avenida Júlio Prestes, no Taquaral, em Campinas(SP). O acidente foi em novembro de 2011. A primeira audiência na Justiça está marcada para às 13h30, na 2ª Vara do Júri. Os réus Fabrício Narciso Rodrigues da Silva e Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio de Souza respondem por homicídio duplamente qualificado.

Sem esconder a ansiedade, o pai do lutador, Gilberto Ribeiro, conta que a família espera por justiça. "É uma forma de mostrar a nossa saudade e desafogar o desespero", explica. Uma audiência sobre o caso estava prevista para agosto, mas foi adiada por questão processual, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Kaio Ribeiro foi atingido pelo Audi A3 em 17 de novembro do ano passado, quando voltava da casa da namorada. Ele era atleta da Federação do Estado de São Paulo de Jiu-Jítsu, vice-campeão brasileiro e campeão paulista na categoria adulto, faixa marrom.

O advogado de Fabrício Rodrigues da Silva, Antonio Godoy Maruca, informou que foram arroladas oito testemunhas para a defesa do cliente. Ele alega que muitas informações precisam ser apuradas, mas confia na inocência do empreiteiro. "Na verdade, ele não tem nada a ver com esse acidente. O Fabrício estava passando pelo local quando ocorreu esse fato com a moça [Adriane]. Não tem lógica, pois ele não foi o causador da morte do rapaz e vamos provar que ele é inocente", afirma Maruca.

Um dos 12 advogados listados no processo para defesa da empresária Adriane, Theodomiro Dias Neto diz que quatro testemunhas a favor da cliente também devem ser ouvidas na audiência desta quarta-feira. "Queremos demonstrar que de forma alguma houve um racha, mas sim que a motorista perdeu o controle sobre a direção do veículo. Não houve dolo", resume Dias Neto.

Réus
O empreiteiro Fabrício da Silva, proprietário do Camaro, e a empresária Adriane Aparecida Pereira Diniz Ignácio de Souza, dona do Audi A3, foram indiciados por homicídio duplamente qualificado. Ele nega que conheça a empresária. Ambos ficaram presos por uma semana e foram soltos após pagamento de fiança de R$ 163,5 mil e R$ 109 mil, respectivamente.

Fonte: G1 

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