quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Só Felipão parece capaz de resgatar genialidade de Ronaldinho na Seleção


Gaúcho, que fará o seu 100º jogo pela Seleção, mostra descontração ao lado de Neymar
Quando a família Scolari começou a se formar pela primeira vez, em 2001, Ronaldinho era um gênio em ascensão. Indomável com a bola nos pés, incontrolável com o pandeiro nas mãos. O “pai”, Felipão, percebeu isso quando resolveu incluí-lo. E deixou o garoto brincar fora de campo. Só pediu para que, dentro, fizesse o mesmo. Hoje, a família Scolari volta a se reunir. Com Ronaldinho. Alguns anos mais velho, menos gênio em campo. Com mais uma chance pela frente. A 100ª com a camisa Canarinha.

“Enfim” porque Ronaldinho já teve pelo menos duas “últimas” chances de ressurgir com a camisa amarela após o fiasco da Copa de 2006, o início do seu declínio. Dunga foi o primeiro a tentar recuperar a vontade de Ronaldinho de estar em campo. O meia ganhou a responsabilidade de comandar a Seleção em busca da medalha de ouro nos Jogos de Pequim, em 2008. Fracassou. No Milan, oscilou bastante. Perto da convocação definitiva para a Copa da África do Sul, voltou a mostrar lampejos de genialidade, mas era tarde. Ficou de fora do Mundial.

Resolveu, então, voltar ao Brasil. Entrar na rota para a Copa do Mundo de 2014, no país. No Flamengo, deu indícios de que poderia resgatar um pouco do passado. Voltou a ganhar destaque e, naturalmente, ganhou chance com Mano Menezes. Não foi bem nas chances que teve. Ficou fora dos Jogos de Londres - Mano preferiu apostar em Thiago Silva, Marcelo e Hulk - e acabou esquecido.

Será?

Escanteado, Ronaldinho, talvez, nem nutrisse mais esperança de voltar à Seleção. Veio a troca. E se há um treinador com quem ele tinha certeza que teria outra chance era Felipão. Como foi confirmado. Scolari não só convocou Ronaldinho como já o escalou entre os titulares. Numa função um pouco distinta da normal. Pelo treino de ontem, Felipão tentará fazer com Ronaldinho o que fez com Rivaldo em 2002. Deixá-lo mais como atacante do que como meia.

Tivesse Ronaldinho realmente imbuído em voltar a brilhar, abdicando das tentações, a aposta seria barbada. Esse, talvez, seja o grande desafio de Felipão. Antes de recuperar o gênio, recuperar o atleta. Mostrar ao Gaúcho que ele pode, sim, fechar a carreira ajudando o Brasil a conquistar mais um título mundial. Mas, desta vez, vai ter que encostar o pandeiro.

Fonte: Super Esportes

0 comentários:

Postar um comentário