Óvulo de doadora com
núcleo de célula de pele (Foto: Divulgação/OHSU)
Cientistas americanos conseguiram
reprogramar células da pele humana para produzir células-tronco
embrionárias, depois de várias tentativas fracassadas em anos, revelou um estudo
publicado esta quarta-feira nos Estados Unidos.
As células-tronco embrionárias são as únicas
capazes de se especializar em todo tipo de células do corpo e de se multiplicar
sem limite, representando assim um enorme potencial terapêutico.
Estas células são particularmente promissoras
para o tratamento de diferentes transtornos, entre eles o Mal de Parkinson, a
esclerose múltipla, doenças do coração e lesões na medula espinhal.
A equipe liderada por Shoukhrat Mitalipov, da
Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (noroeste dos EUA), conseguiu
reprogramar as células humanas depois de transformar com sucesso células da
pele de macacos em células-tronco embrionárias em 2007.
Estes cientistas recorreram à clássica
técnica de utilização do núcleo da célula da pele que contém o DNA da pessoa
para transferi-lo à célula de um óvulo que se retirou do material genético.
O núcleo de uma célula adulta se funde com um
óvulo, que desenvolve e produz células-tronco embrionárias.
"Estas células-tronco obtidas com esta técnica demonstraram a capacidade de se diferenciar como células-tronco embrionárias normais em diferentes tipos de células, nervosas, hepáticas e cardíacas", explicou o doutor Mitalipov, cujo estudo foi publicado na versão online da revista americana Cell.
"Estas células-tronco obtidas com esta técnica demonstraram a capacidade de se diferenciar como células-tronco embrionárias normais em diferentes tipos de células, nervosas, hepáticas e cardíacas", explicou o doutor Mitalipov, cujo estudo foi publicado na versão online da revista americana Cell.
"Por outro lado, já que estas
células-tronco reprogramadas podem ser obtidas a partir do material genético do
núcleo de um paciente, não há nenhum problema de rejeição nas células
implantadas", acrescentou.
Embora tenha destacando que "ainda há
muito por fazer antes de desenvolver tratamentos à base de células-tronco
embrionárias seguros e eficazes", Mitalipov avaliou "que este avanço
representa um passo importante para a criação de células-tronco que possam ser
usadas na medicina regenerativa".
Outra vantagem oferecida desta técnica é que
não usa embriões fertilizados que trazem importantes questionamentos éticos.
Fonte: AFP
Fonte: AFP
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