Homenageado, Sumo Pontífice não vai ao Estádio Olímpico e acompanha amistoso sem grandes emoções pela TV. Balo e Pirlo desfalcaram a Azzurra
Itália e Argentina
disputaram um amistoso nesta quarta-feira para homenagear o Papa Francisco. O
Sumo Pontífice recebeu as duas delegações na terça, mas decidiu não ir ao
Estádio Olímpico, preferindo ver a partida pela televisão. Fez bem. Sem Messi e
Balotelli, ambos poupados po risco de lesão, as duas seleções não apresentaram
o futebol que se esperava. Higuaín acabou fazendo a diferença e
participou dos gols da vitória da Albiceleste por 2 a 1. A Azzurra está em uma
sequência negativa: enfrentou quatro campeões mundiais nos últimos quatro jogos
e não venceu nenhum (derrota para o Brasil e empates com Espanha e Uruguai).
As duas seleções
estão bem nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no
Brasil. A Itália lidera o Grupo B das eliminatóras europeias com 14 pontos,
quatro a mais que a segunda colocada Bulgária, que hoje estaria disputando a
repescagem. Faltam quatro rodadas para o fim. A Argentina lidera a disputa
sul-americana com 26 pontos, três a mais que a segunda colocada Colômbia, e
cinco a mais que o Chile, que estaria com a última vaga direta.
Higuaín
comemora o primeiro gol da Argentina contra a Itália (Foto: Agência Reuters)
Ausência de estrelas é sentida, mas Higuaín surge como herói
Sem Balotelli, fora por lesão, e Pirlo, que ficou no banco de reservas, a
Itália sofreu. A ausência do maestro deixou a Azzurra completamente
desorganizada. Sem a referência do astro do Milan, o ataque também pouco
produziu. Giaccherini, pelo lado esquerdo, era o mais acionado, mas a defesa
argentina o bloqueava com facilidade. Messi, evidentemente, também deixou um
vazio na Albiceleste, mas Higuaín chamou a responsabilidade para si e fez a
diferença.
Jovem
volante Verratti vestiu a 10 italiana (AFP)
Contratado recentemente pelo Napoli, o atacante parece já estar em casa
no país. Com boa movimentação ao lado de Palacio e Di María, a Argentina
dominou os donos da casa, mesmo com o setor de criação deficiente pela ausência
do camisa 10. Com De Rossi improvisado na defesa, o trabalho dos argentinos foi
facilitado. Jogando nos contra-ataques, a equipe chegou ao gol em seu primeiro
bom chute na partida. Aos 21 minutos, Higuaín recebeu de Lamela na área,
esperou De Rossi dar abertura e chutou colocado no cantinho.
Vendo que com a bola no chão estava difícil superar a defesa adversária,
a Itália investia nos cruzamentos, o que também mostrou-se uma tática
ineficiente. No fim do primeiro tempo, Palacio teve uma chance espetacular para
ampliar. Novamente com a zaga italiana perdida, Di María cruou rasteiro, mas o
atacante, mesmo com o gol vazio, tocou por cima do travessão.
Mascherano
e Buffon simulam a plantação de uma oliveira que havia sido abençoada pelo Papa
(Foto: EFE)
Argentina amplia, mas Diamanti muda a cara da Itália, que diminui
Na segunda etapa, Higuaín voltou a se destacar. Logo aos três minutos, o
atacante avançou pelo lado esquerdo e tocou para a entrada da área, encontrando
Banega, que sem marcação, acertou um forte chute e ampliou. Os dois treinadores
promoveram várias mudanças e a melhor delas foi a entrada de Diamanti na
Azzurra. O meia do Bologna mudou a cara da seleção, passando a ser o
responsável por praticamente todas as jogadas de ataque, especialmente através
das bolas paradas.
Diamanti criou a primeira grande jogada italiana na partida aos 21
minutos. Em cobrança de falta, acertou o travessão de Andújar. Os donos da casa
estavam melhores após tantas mudanças e conseguiram diminuir aos 30 minutos com
Insigne, que fez um belo gol. De fora da área, o atacante chutou colocado e
colocou uma curva na bola que deixou Andújar sem ação no lance. No fim, os
mandantes tentaram uma pressão pelo empate, mas a Argentina, superior, acabou
conseguindo uma vitória justa.
Improvisado na defesa, De Rossi sofreu com o forte ataque
argentino (Foto: Reuters)
Fonte: globo.com
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