sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Atirador no centro de SP se entrega à polícia após quase 9h de negociação


Fernando Gouveia se entregou à polícia após nove horas de negociação. (Foto: Futura Press)
Um homem atirou contra três pessoas em frente à sua casa, na rua Castro Alves, 1073, no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo, nessa manhã de quinta-feira. Segundo a PM, Fernando Gouveia, de 32 anos, atirou em um oficial de justiça, uma psicóloga e um enfermeiro que foram ao local entregar a ele uma ordem judicial de interdição - medida que transmite a responsabilidade por determinada pessoa para os familiares.

A PM e o Corpo de Bombeiros foram acionados por volta das 8h30. As negociações com um agente do 11º Batalhão da PM durou quase 9 horas. A mãe de Gouveia, que acompanhou as negociações no local, disse que o filho tinha "problemas mentais" e possuia várias armas em casa, o que levou a PM a isolar a rua e evitar invadir a residência. As negociações, disse a polícia, foram feitas por meio de um celular com o mesmo negociador.

Segundo Marcelo Pignatari, comandante da operação, Gouveia estava visualmente perturbado com a notícia da medida judicial. "É uma pessoa que demonstra bastante perturbação e agitação. Estamos tentando convencer de que o melhor que ele faz é se entregar", disse o comandante durante o trabalho de negociação.

O homem chegou a afirmar, também por celular, que estaria ferido. Uma equipe do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) acompanhou as negociações. O cerco que a polícia faz na casa do atirador afetou o comércio local. Orientados pela própria polícia, diversos comerciantes fecharam as portas. Também foi interditada parte da Rua Castro Alves, entre a Ruz Safira e a Avenida Armando Ferrentini, ao lado do Parque da Aclimação.

Feridos

Os feridos foram levados para o Hospital Servidor Público Municipal Vergueiro. O oficial de Justiça Marcelo Ribeiro de Barros foi baleado no tórax, quando estava no corredor da casa. O enfermeiro e a psicóloga, que, de acordo com vizinhos, morava com o atirador, também foram baleadas no rosto e no ombro.

De acordo com Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o estado de saúde deles é estável e não há risco de morte. Do lado de fora da residência, estavam ainda outros dois enfermeiros e um psicólogo. Nenhum policial os acompanhava.

Falta de segurança

A Associação dos Oficiais de Justiça do Estado de São Paulo (Aojesp) criticou nesta quinta-feira, na página que mantém na internet, a falta segurança dada aos profissionais no cumprimento de mandados judiciais. No texto, a Aojesp criticou ainda o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

"Faz muito tempo que a AOJESP está alertando o Tribunal de Justiça e as autoridades sobre os perigos do exercício da função dos oficiais de Justiça, obrigados a cumprir os mandados em locais ermos e perigosos a qualquer hora do dia e da noite. Ou seja, este servidor precisa ir à casa de bandidos e pessoas perigosas sem nenhuma segurança, sem carro do tribunal, sem nenhuma assistência do Estado."

O TJSP informou que secretários das Secretarias da Presidência e da Saúde da Corte acompanhavam na tarde desta quinta-feira a situação do oficial de Justiça.
Finte: Site Miséria

0 comentários:

Postar um comentário